sábado, 30 de janeiro de 2010

Minha viagem ao Marrocos

Já sei, vocês devem estar se perguntando: "O que ela foi fazer no Marrocos?". Mas calma, vou explicar.
Isso aconteceu quando eu tinha uns 10/11 anos de idade. Eu lembro de estar na 4ª série na escola. Minha mãe namorava um Marroquino pelo ICQ. Eles falavam francês entre eles, que é a segunda lingua falada lá no Marrocos, sendo Árabe a primeira.
Antes mesmo da minha mãe conhecer esse cara pessoalmente, a ideia dela era morar no Marrocos. Sim, morar lá sem ao menos conhecer o cara. Iriamos eu, a minha irmã e ela. Simples assim. Óbvio que eu surtei. Disse: - Mãe, como eu vou pra escola? Vou repetir de ano. Eu não sei falar em árabe - Graças a Deus, aos 10 anos de idade eu pensava no meu futuro, e tinha todas essas preocupações, porque se dependesse da minha mãe, a gente iria mesmo e sem volta. Bom, resumindo, nós fomos para conhecer, não só o país, mas o cara também. Foi em julho, nas minhas férias. Seria minha primeira viagem de avião. Não estava com medo, estava empolgada. Seriam 12 horas de viagem até a Espanha e de lá pegariamos mais algumas horas de avião até o Marrocos. A hora do avião decolar foi a maior emoção. Me lembro como se fosse hoje a minha mãe me perguntando: - Tá com medo? - E eu disse: não. E o avião decola. Depois de tantas horas no avião, a "baudiação" pela Espanha, finalmente chegamos. Como o avião descia na capital do país, tivemos que pegar um ônibus até a cidade dele, Mekenes. Não me lembro muito bem dessa viagem, eu só pensava em chegar logo e deitar.
Ele morava com os pais, já bem velhos, porém com um ar de sábios. O pai falava bastante, tinha cara de saber sobre tudo. A mãe era queita, tipo mulheres que só falavam quando o marido autoriza, mas é claro que não era assim. O Marrocos, apesar de ser um país árabe, com custumes conservadores, como são os muçulmanos, é também um país mais liberal que os outros da mesma religião. O apartamento era pequeno, com poucos cômodos, mas era muito bem arrumado.
Uns outros parentes dele moravam num apartamento logo mais a frente. Esse já era um apartamento bem maior, tinha uma sala linda, com aqueles sofás enormes cheio de almofadas que aparecia na novela "O Clone", pra quem assistiu e uma banheira deliciosa no banheiro. Me lembro de ter assistido muitos desenhos nessa casa, com a dublagem em árabe, o que pra mim era um barato.
A comida era feita o mais próximo possível da comida brasileira. Me lembro muito bem de sempre ter arroz, carne moida, batata frita, e coca-cola. Sempre. No café da manhã era pão (Não era o francês que a gente come aqui, era um diferente, redondo, muito gostoso) com polenguinho e leite com chocolate.
Todos os dias a gente ia pra algum lugar diferente, conhecendo a cidade aos poucos. Descobri que lá só tinha um único Mc Donald's pra cada cidade. Aquilo me fazia rir muito. Eu perguntava: - Mas como vocês vivem com um único Mc Donalds? Num lota não?. Lá o Mc é muito caro. Por isso nem todo mundo vai e nem a toda hora, como nós aqui. Eu fui duas vezes. E em uma dessas vezes tava passando um clipe da Sandy&Junior (Nem longe do Brasil me livro dessas pragas).
Tiramos várias fotos por lá, que por sinal, eu não sei onde estão, bacana né?! (Y). Em um desses passeios nós fomos para a praia. Não pense que as mulheres usam turbante ou véu no mar. Pelo contrário, é igual aqui. Todas as mulheres de biquini, normal. Era engraçado que lá tem camelos por toda a parte pra tirar foto. Óbvio que eu fui. Deu muito medo da hora de subir, porque o bicho primeiro se inclina e depois sobe, eu quase cai. Na época que eu era uma criança me diverti mais do que ninguém.
E assim ficamos por lá durante um mês. Nesse tempinho aprendi algumas palavras em árabe e em francês. Lembro que nossa última noite por lá nós fomos andar um pouco. Tomamos coca-cola na rua e no dia seguinte, bora pra casa. Na viagem de volta, acabamos ficando presas na Espanha, então durmimos uma noite por lá. E de lá viemos direto para o Brasil. Adorei conhecer uma partezinha da África, foi uma experiência ótima e que eu nunca vou me esquecer.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cursinho: o começo de uma nova etapa...

Hoje de manhã acordei super cedo. Combinei com a minha avó de irmos a Paulista fazer minha matrícula no cursinho Objetivo. Quando eu entrei tive a pior sensação do mundo. Não por que fazer cursinho seja ruim, mas foi nesse momento que caiu minha ficha: Acabou o colegial Samira. Fui subindo as escadas pensando em todos os meus amigos do Mackenzie. Alguns já na faculdade, outros fazendo o 3º ano esse ano, ou trabalhando, ou fazendo um cursinho diferente do meu. E é triste pensar nisso.
Entramos na sala e a minha avó pegou a senha de número 888. Bom, se fosse 666 eu teria me assustado. Mas quem sabe o 888 me dê sorte. Sentamos e esperamos a nossa vez. Geralmente, quando eu estou em lugares como lojas, supermercado, ou qualquer outro local que eu vou ser atendida, eu sempre reparo na minha pessoa à frente, se ela esta sendo bem recebida, com simpatia, sorriso, porque não tem nada mais desagradável que chegar num lugar e a pessoa que vai atender ficar com aquela cara de cú pensando que a culpa é nossa de ela estar ali. Fiquei ali, só analisando, qual das moças era a mais simpática. Mirei em uma, que sorria o tempo todo e falava com uma super simpatia. Fiquei torcendo "Me chama você, me chama você". Ao mesmo tempo ela terminou de atender junto com a outra funcionária. Mas pra minha sorte, a simpática chamou. Foi super rapidinho, preenchi uns papéis, decidi que queria foco em Humanas e que iria fazer de manhã. O curso começa dia 22 de fevereiro, pra minha infelicidade. Tava contando que começasse em Março. Mas tudo bem, uma hora ia ter que começar não é. O maior medo agora é que ninguém vai me cobrar nada. Se eu estudar beleza, se eu não estudar o problema é meu. Antes eu achava encheção de saco, hoje, eu quero que me cobrem, porque eu não sou capaz de cobrar de mim mesma. O segredo agora é ter foco, e se eu quero passar numa faculdade, tenho que correr atrás! Fim : )

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sorte de hoje: Nunca ande de metrô em dia de jogo

Hoje, Segunda-feira (25/01). Feriado na cidade de São Paulo. Acordei no horário de sempre, por volta das 10 hras, depois me arrumei para ir pra OperÁria. Por ser feriado, as ruas estavam calmas, não havia trânsito, e o ônibus vazio. Pensei: "Que dia de sorte, vou tranquila hoje, sem ter metrô lotado nem nada". E realmente seria assim, exceto por um pequeno problema: São Paulo X Santos. Sou saopaulina, e fiquei feliz pelo meu time, até o momento de eu entrar no metrô. O movimento era grande na Barra Funda, com alguns torcedores, comemorando a vitória. Até ai tudo bem, nada aconteceu, respirei fundo e disse a mim mesma "São só torcedores, felizes pelo seu time, nada acontecerá". E além do mais, tinham 2 guardas dentro do vagão, então fiquei super tranquila. Mas no fundo eu sabia que a minha vida tava muito calma pra ser verdade. Estação Sé. O trem inteiro tomado pelos torcedores do São Paulo. Cantando seus hinos de sei la o que. E um bebê chorando sem parar por causa do barulho. Passou 1 min., 2 min. e nada do trem andar. Quando olho pra minha direta, trilhões de torcedores do Santos, olho a minha esquerda, mais trilhões de jogadores do Santos. Eu não sabia se ria ou se chorava, o fato é que eu tremia, e muito. Diferente da briga do trem que eu contei no primeiro post, dessa vez eu estava sozinha e não era 3 pessoas brigando e sim mais de cem torcedores de cada time brigando. De repente. TUM!. Os torcedores quebram um vidro da porta. TUM de novo. O outro vidro é chutado, mas dessa vez fica apenas rachado. Aí é que o negócio apertou e todo mundo saiu correndo. Eu fui pra porta mais próxima possível. Saindo do trem, funcionários do metrô sinalizavam pra uma porta gritando "Entra aqui dentro, entra aqui dentro". Eu entrei com mais umas 20 pessoas. Eu tremia, tremia muito de medo. Sentei numa cadeira e esperei aquilo passar. Deu 5 min. quando tudo parecia ter sido controlado pelos seguranças. As pessoas começaram a sair daquele local que mandaram a gente ficar, inclusive eu, que já queria ir embora. PUM! Alguém dispara um tiro. Num deu 2 seg. eu ja tava lá dentro pedindo a Deus pra sair viva, juro, foi tenso! Depois do disparo, alguma torcida jogou fogos de artifício na outra. E era grito, disparo, barulho, tudo ao mesmo tempo. Ainda aquela confusão toda, os funcionários do metrô gritam de novo: "Entra, entra rápido". Outro trem tinha chegado e eles sinalizavam pra lá. Entrei correndo e fiquei em pé. Ao meu lado a moça e o marido com o bebê de colo, chorando muito. Ainda sim, demorou um pouco pro trem andar, os tocerdores seguravam a porta, impedindo que o trem andasse. Quando começou a andar, e parou na outra estação, eu só tremia pensando no pior que podia ter acontecido. Desci na minha estação e corri pra fora.
Agora eu me pergunto, eu mereço? Colei chiclete na cruz? Porque não é possível. Já é a segunda vez no mês que me acontece uma coisas dessas. O que era pra ser um dia tranquilo, não foi. E ainda tem essa chuva maldita que não para de cair em São Paulo. ÉÉÉÉÉ minha gente. É o fim do mundo!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Colegial: A época do desespero escolar.

Posso dizer com todas as letras que a época do colegial foi cheia de desafios, e muito difíceis por sinal. Saindo do Ens. Fundamental II, a gente acha que a partir daí tudo ficará mais fácil. Pobre de nós inocentes, mal sabemos o que vem pela frente.
Nunca fui daquelas alunas que não fazem nada o dia inteiro. Sempre procurei me esforçar pra tirar a nota mínima, porque minha vontade era de me livrar daquilo, e não de aprender.
Meu 1ª ano de colegial, colégio novo, amigos novos e uma vida nova, de verdade. Esse ano, foi um ano de muitas descobertas, alegrias e divertimento. Confesso que, apesar de um ano difícil, eu não sofri tanto por nota. Passei de ano por conselho de classe em 3 matérias, com a menor nota devendo 0,5 ponto. Aliás, meus 3 anos de colegial inteiros eu sempre estava devendo nota. O que mais me irritava, e irrita até hoje - Porque eu ainda vou ter que estudar pra passar no vestibular - é que a gente tem que aprender coisas inúteis. MUITA coisa inútil. Inútil e difícil. Toda vez que eu estudava em casa eu explodia de raiva. "Porque eu tenho que aprender isso? Porque eu não posso simplismente preencher esse espaço com coisas que eu gosto? Fazendo o que eu gosto e sei fazer?". Assim que entrei no Mackenzie, minha primeira aula, que foi de Biologia (Sim, eu lembro), a professora falou uma palavra que eu teria que ouvir e ouço até os dias de hoje: VESTIBULAR. Eu nunca fui encanada com o vestibular como algumas pessoas do colégio, que se não pasasse de primeira o pai matava. Acho que pela cobrança aqui em casa ser menor, eu não me preocupei muito durante os três anos. Eu só pensava: "Quero que acabe logo, quero que acabe logo". Tá, tudo mundo pensa nisso, mas pra mim era pior. Eu observava aquelas pessoas "Nerds", que sempre tiravam notas boas, e eu sempre quis entender, porque não eu? Porque eu não sou nerd? Porque eu demoro pra entender? Eu sempre tentava ouvir quando o professor dizia "Se dediquem, estudem, vocês são capazes". Que merdaaaa, porque eu tenho que me matar 24 hras por dia pra tentar entender, quando um Nerd consegue entender em 1 min.? A revolta sempre foi grande. Chega finalmente o 2º ano de colegial. Nossa, esse ano eu falei mais que a minha boca. Acho que foi o ano que eu mais me diverti. Foi até que merecido a minha recuperação final de português. Minha primeira recuperação da vida. Eu queria MORREEEER de tanto odio. No mesmo dia da distribuição de notas eu iria viajar pra Nova York. Meu desespero foi enorme. E eu só soube realmente se tinha passado, lá nos EUA, pelo site do Mack. Muitas amizades foram feitas também. Algumas até da faculdade (Guiiiii \o/). Superei muitas coisas também, em questão de nota. (Chega na última etapa a gente corre atrás do prejuízo né). Aliás, outra coisa que me irritava. No Mackenzie, é dividido por 3 Etapas. E com uma única recuperação em dezembro. Que ódio que eu tinha disso. Porque não fazer uma recuperação depois de cada etapa. Eles esperam a gente acumular nota baixa nos três semestres, pra depois recuperar. Fala sério né. Chega o tão esperado 3º ano. É claro que eu pensei que ia ficar mais fácil. Sofri tanto nos últimos dois anos, o terceiro tinha que dar uma aliviada. HÁÁÁ "Sonho meeu, sonho meeu". A coisa ia piorar. E piorou. Nesse ano, tiraram a nota de participação. Sabe aquele 0,5 ponto no final que os professores davam pra gente por fazer a tarefa? Pois é, era o fim. Muitas pessoas, (eu), dependiam daquele 0,5 pra passar de ano. E foi ai que os pesadelos chegaram com tudo. Na 3ª etapa, eu passei madrugas estudando, juro. E ainda bem que não foi em vão. Matemática 8,5, Química 7,5, História 8,0 e por ai vai. Essas boas notas foi o que me salvou no conselho final, que me passaram direto, sem recuperação. Na verdade, eu já estava contando com meus dias de dezembro no Mackenzie. Mas não, dia 9, oficialmente eu estava de férias. Foi o dia mais feliz da minha vida. Juro. Eu sei que pessoas como eu tem que ralar mais, não tem outro jeito, mas mesmo assim pra mim é sufocante. Eu me lembro de várias vezes, de estar com o livro aberto sobre a mesa, e ao invéz de estar estudando, eu estava cantando. Eu sei também que, não é por que eu canto, que eu não vou ter que estudar. Pelo contrário, vou ter que ralar e muito, mas eu vou estar estudando com muito prazer, aprendendo coisas que eu vou levar pra minha vida inteira. Quem disse que eu vou estar no palco, cantando uma nota agudíssima e pensando no cosseno do ângulo da abertura da minha boca na hora?! Num rola né, me desculpe quem gosta de matématica. Mas como diz meu avô: "É pra corno". Por fim, estou eu aqui de férias, fazendo um curso de música pop. Curtindo e aprendendo muito. Ainda não sei o que vai ser de mim esse ano. Ainda continuo não sabendo o que fazer de faculdade, porque eu não sei fazer nada a não ser cantar. Então, entrego meu destino ao vento. E que ele leve pro melhor lugar possivel.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Os Livros

Sempre fui inimiga de livros. Sim, pode acreditar, eu os odiava. Isso vem desde os anos de colégio, quando os professores de português nos obrigavam a ler aqueles livros chatos. E esse ódio me marcou muito mais no colegial, onde os livros se tornam mais chatos. Eu não me lembro de ter lido nenhum inteiro no 1º e no 2º ano de colegial. No 3º eu li só um dos três que eram pedidos que foi A hora da estrela de Clarice Lispector, porque tinha pouco mais de 100 páginas, que eu pude ler em uma tarde. Quando chegava perto da prova eu simplismente lia os resumos na internet e entregava a Deus. E na maioria das vezes eu ia até muito bem. Acho que muitas pessoas já fizeram isso. Mas o odio era geral. Qualquer que fosse o livro, eu o odiava. Até que no final do ano passado, na viagem para Avaré, pra passar o natal, eu levei um livro comigo. Como minha avó é formada em direito e gosta muito de ler, livro era uma coisa que não faltava aqui em casa. O livro que eu peguei se chama "Uma Vida Interrompida", que inclusive está para lançar nos cinemas o filme. Esse livro eu tinha lido somente o começo, a muito tempo atrás, mas como na época eu estudava e odiava ler, desisti logo quando eu percebi que não teria paciência pra ler as mais de 300 páginas do livro. Como eu me hospedei num hotel fazenda em Avaré, cantos quietos e com um vento gostoso era o que não faltava. Peguei o livro e comecei a ler. E não parei mais. Devorei as páginas feito louca, e em menos de uma semana de viagem eu tinha lido o livro inteiro. O meu ódio se transformou em amor em pouco tempo. Quando voltei pra São Paulo de viagem peguei outro livro: A procura da felicidade". Sim, a mesma história do filme que o Wiil Smith fez. A história é a mesma, mas no livro é contada com muito mais detalhe e outras coisas são contadas. Agora que acabei esse hoje, vou ler outro que ganhei da minha tia esses dias. Se chama "Desculpa se te chamo de amor". Também é de um filme, só que Italiano. A história também é linda e eu não vejo a hora de começar. Fico feliz em ter tentado começar a ler e agora ver que eu amo livros. Mas claro, aqueles que eu escolho. Se me mandarem ler "A cidade e as Serras" de novo, - Um livro das aulas de português, chatééérrimo - Eu me mato. Aliás, uma das razões por esse Blog existir é por eu estar lendo. Se não, jamais teria paciência de ficar escrevendo aqui.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O meu final de semana


Desde quinta-feira (14/01) até o sábado, minhas noites foram tomadas pelas festas de formatura da minha tia Vânia, que acaba de se formar em Medicina, na Unicamp. Por ser na Unicamp, passei todos esses dias em Campinas, perdendo DOOOIS dias no meu curso de pop. Eu sei que formatura é um momento muito importante, eu me diverti muito, mas eu odeio faltar nos compromissos. Principalmente um curso como esse, que tem a ver com a minha formação em canto.
A primeira festa foi o jantar. O local da festa era como um galpão, enorme, onde não tinha paredes ou qualquer outro obstáculo. Dava pra ver o espaço inteiro de ponta a ponta. As mesas ficavam logo na entrada, tudo muito bem arrumado e lindo. No meio, a decoração com alguns sofás, e mesas com salgados pra se servir a vontade. Logo mais a frente, a pista de dança, o palco e o espaço pras bebidas. A música tava muito boa, tanto com o DJ quanto com a banda. O jantar e as sobremesas estavam ótimos. Nesse dia não choveu, depois de eu torcer muito. Odeio quando chove em festas. A chuva só serve pra estragar o cabelo, a maquiagem e o vestido. Aliás, no decorrer dessas festas eu fiquei pensando, como mulher sofre. É gasto dinheiro com maquiagem, cabelo, vestido, andar de salto a festa inteira e ainda sendo observada pelas outras mulheres. Algumas com aquela cara "Nossa, que vestido bonito, gostei", e outras com aquele ar de "O meu vestido é melhor, em que moquifo você comprou o seu?". Mas isso já é natural de se esperar de qualquer mulher. Homem não. Estão todos iguais. Não tem como eles estarem com um paletó mais bonito que o outro. São todos iguais!. Nem o cabelo pra mudar alguma coisa, a não ser que venha com um corte de diferente, o que mesmo assim não causaria inveja em outro homem jamais, eles não ligam pra essas coisas.
No segundo dia de festa foi a colação. O local foi o mesmo a do jantar, e seria o mesmo para o baile, no dia seguinte. A parte maaaaais chata de tudo. Os formandos tinham que chegar antes de começar para ensaiar. Começava as 7:00 hras e a gente chegou as 4 hras. Fiquei lendo meu livro né, não tinha mais nada pra fazer a não ser esperar. Vejam bem, em medicina, uma turma com 110 alunos, com trocentos professores de cada área. Agora imagina todos os professores que foram homenageados, todos os alunos e professores que foram dar seu discurso, todos os 110 alunos sendo chamados pra receber o certificado. Foi A MORTE! Mais o detalhe maior nem é esse. O problema é que minha tia se chama Vânia. Ou seja o nome dela começa com "V", ou seja, uma ETERNIDADE até ela ser chamada. Ao lado do palco, tinha dois telões para todos poderem ver. O primeiro bloco de cadeiras, na frente do palco, foi reservado para os pais, e atrás para o resto dos convidados. Como eu havia chegado cedo, garanti o meu na primeira fila. Os alunos iam entrando pelo tapete vermelho, que ia da entrada ao palco, passando por todos, e chegando ao palco onde ali sentariam. Um discurso mais chatinho que o outro. Nesse dia não tinha comida, e meu estomago estava vazio desde o almoço. No final, quando encerraram a colação, um povo da faculdade entrou com a bateria de samba deles. Essa parte foi divertidinha. Os formandos até fizeram uma piramide humana, foi bem legal. Saimos de lá correndo até a pizzaria, onde finalmente comemos. Nunca comi uma pizza tão rápido e com tanta vontade assim na vida.
No dia seguinte (sábado), era o dia do baile. Ainda bem que eu não estava cansada dos outros dias, então pude me divertir. O cabeleireiro e maquiagem pra minha tia, irmã e vó, estavam marcados pras 18:00 horas, a festa começava às 21:00. Quem disse que nós sairiamos no horário? Às 21:00 em ponto, chegamos no hotel pra nos trocarmos e ir pra festa. O lugar onde foram as festas era em Nova Odessa, uns 30 a 40 min. de Campinas. Mas não foi um atraso ultra, mega, mas ela era a formanda e precisava estar lá quando começasse a valsa. Chovendo a vida do lado de fora, chegamos sem nos molharmos muito, pois o carro parou bem perto da entrada. A entrada dos formandos pra valsa também foi aquela espera pela letra "V". Fim da valsa, fomos jantar e depois a sobremesa. Tudo isso misturado com muita dança. A música tava ótima. O duro de aguentar foi o povo tentando ir de um lado pro outro, com bebida na mão, alguns derrubando. Sem contar os dois momentos em que houve brigas. Me senti naquela situação do trem, que eu contei no primeiro post. A imagem veio na minha mente no mesmo instante. Acho que é porque eu não bebo, que eu não intendo qual o prazer de tomar algo amargo como é o álcool, ficar loucão e fazer merda nas festas. São situações muito desnecessárias pra sua vida. (Espero que depois dessas palavras, eu nunca fique bêbada na frente de vocês que leram). Enfim, música boa, muitas fotos e por ai foi até umas 4:30 da manhã. Meus avós até que dançaram, uma graça.. Mas eles não aguentariam até as 8 hras da manhã na festa, como a minha tia ficou. Então fomos embora. Quase me arrastando fui até o quarto e, depois de tirar a maquiagem e trocar de roupa, em menos de 2 min. eu já estava em um sono profundo que não me permitiria levantar da cama as 9:30 da manhã quando meu avô tentou me acordar pra tomar café da manhã. Eu tava acabada demais pra conseguir levantar da cama. Por fim estou aqui em São Paulo, curtindo esse clima agradável de não muito calor, mas também não muito frio. Um clima agradável pra descansar e relaxar até o final do dia.... :)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Meu primeiro teste: "O Rei Leão"

Mês de Junho do ano de 2009. Minhas aulas de canto a todo o vapor, buscando agora uma voz mais lírica, no estilo de Fantasma da Ópera. Nessa época eu ainda não conhecia escolas como a OperÁria, que davam cursos de montagens de musicais. Aliás, faz pouco tempo que elas existem. Teatro musical é muito recente no Brasil, e a busca por essas escolas vem crescendo cada vez mais.

Um dia, um amigo meu que fazia cursos na Escola de Artes OperÁria, me disse que iam ter testes pro musical "O Rei Leão" e que o curso seria nas férias de julho. Por eu estar ainda no colegial, pra mim seria perfeito o curso nas férias. Bom, precisava me preparar pro teste, afinal, eu nunca tinha feito um e não tinha ideia de como seria. Minhas aulas de canto eram numa terça-feira. Cheguei pro meu professor e disse: "Vou fazer o teste na OperÁria pro Rei Leão, o que você acha?". Em questão de poucos minutos ele já estava com a partitura da música da peça em mãos e começamos a ensaiar. Como eu tinha o perfil, quis audicionar pra fazer a Nala, uma das protagonistas. Sim, muita ousadia da minha parte de cara querer ser a protagonista. Eu pensava "Obvio que não vou passar, devem ter milhares melhores que eu". O problema maior era que eu tinha apenas uma semana pra me preparar. O teste seria na próxima terça-feira, depois da minha aula de canto. Além da parte de cantar, eu tinha que levar um monólogo. Agora, onde encontrar um monólogo? Eu estava completamente nervosa e perdida. Até que o mesmo amigo meu que me falou sobre os testes, me enviou um texto e assim fiquei mais calma. No dia do teste, levei a partitura da música da personagem, que eu iria audicionar "Shadowland" e uma outra do Corcunda de Notre Dame - "God Help the Outcasts". Cheguei no horário marcado e em menos de 5 minutos eu ja estava dentro de uma salinha pequena onde eu iria cantar. Confesso que fiquei nervosa, mas quando eu canto pra pessoas que eu não conheço, geralmente eu me saio melhor e me sinto menos nervosa. Nem precisei entregar a minha partitura, o pianista já tinha lá. Praticamente todas as meninas devem ter cantado essa música. Me apresentei, disse o que iria cantar e comecei. Todos da banca foram muito simpáticos, apesar de o Diretor Geral, sempre muito rígido não sorrir tanto quanto os outros. Olhei para um ponto fixo na parede e comecei a cantar. Apesar de estar olhando acima da cabeça deles, eu percebia que o Diretor anotava coisas, e falava baixinho com alguém do lado. Nunca tinha passado por isso, apenas tinha uma noção do que era, então aquilo pra mim tornou-se muito desconfortável. Eu só pensava que eles não estavam gostando. Terminei de cantar e pediram o monólogo. O texto não era muito grande, dava pra falar inteiro, mas quem disse que eu consegui? Na metade eu ja tinha esquecido tudo. Parei numa frase qualquer e fiz aquela cara de "Acabou", sorrindo, sempre.

- Você pode aguardar aqui do lado de fora, que daqui a pouco vai ser o teste de dança, ok?! - Disse o diretor pra mim. Os outros da bancada agradeceram e eu sai da sala. Quando eu sai, uma menina que depois fez o curso comigo, me disse:

- Parabéns, você canta muito bem. Aquele comentário me fez sentir mais confiante e acreditar que eu tinha chances de conseguir o papel. Depois fui pra outra sala, onde uma moça e um rapaz ensinariam os passos, e ali mesmo faríamos o teste. Dancei o que pude, já que não sou dançarina. Sai de lá com a cabeça pensando mil coisas, tentando lembrar o que eu fiz, o que eu não fiz, se eu tinha cantado bem, enfim, milhares de coisas. Alguns dias depois recebo uma ligação.

- Samira, tudo bem? Aqui é da OperÁria. Estamos ligando pra dizer que vc foi aprovada no teste.

Aaaahh! Eu queria gritar de alegria. Minhas expectativas não eram as melhores até essa ligação. Mas, só ficaria sabendo mesmo se eu seria a Nala, numa reunião de elenco. Que seria na semana seguinte a do teste, mais uma vez depois da minha aula de canto. Cheguei na reunião, nervosissima, pra conhecer as pessoas, ver quem faria também o curso.

O diretor começou falando sobre como seria, as regras da escola, enfim, tudo o que a gente deveria saber. Até que o momento esperado chegou. Iam falar os personagens.

- Bom, vamos começar por quem? Pela Nala pode ser? - Fala o diretor - Bom, a Nala vai ser a Amanda Neves, cadê a Amanda?. A Amanda era de outra cidade, e não estava presente. Queria ver quem seria a outra Nala. Sim, os papeis eram divididos pra duas pessoas, por ser um curso, era mais vantajoso para que todos pudessem aprender.

- E a outra Nala será a Samira - Continuou o diretor. Aaaaaaaah surteeei! Levantei minha mão pra que todos soubessem, porque eu era nova ali, e ninguém me conhecia. E fiquei até o final da reunião com um sorrisão dentro de mim. Eu queria muito esse papel, muito mesmo. Eu sabia que ali eu era aprender de mooonte. Por isso que hoje em dia eu vou atrás e me jogo. Se for pra ser vai ser, se não, siga em frente!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Teatro Musical na minha vida

Desde pequena, cantar sempre fez parte do meu dia-a-dia. Mas até eu saber que poderia usar como uma profissão demorou um pouco.

Nas festas de final de ano, uma parte da minha família, sempre muito unida e agitada, alugavam karaokê como diversão. Parece até histórias Disney, com todos cantando e tal mas era realmente super divertido. Minha mãe cantava ás vezes comigo, e ela cantava muito bem, sempre muito afinada. Devo ter puxado dela. Eu ia crescendo, crescendo, e as pessoas viam algo na minha voz, e começavam a pedir pra eu cantar. PAUSA! Eu cantar naturalmente, simplismente por diversão, fácil. Agora me pede pra cantar pra ouvir minha voz que eu travo. Quer dizer, travava mais quando eu era criança, que minha timidez ia além de qualquer outra coisa. Aos poucos fui me acustumando com a ideia de que eu podia cantar e usar aquilo a meu favor.
Quando eu tava na 5ª série, pedi pra minha mãe pra entrar num grupo de teatro do meu colégio. Amei aquela experiência e coloquei na minha cabeça que faria Artes Cênicas de faculdade. Depois de um ano de teatro, mudei de colégio e nunca mais tive contato com o palco.
Continuava a cantar, mas sempre sem compromisso nenhum, nunca tinha feito uma aula de canto na vida. Até que uma sensação incrível estava pra acontecer. A primeira vez que fui ao teatro ver um musical. Essa época eu ja estava morando com meus avós, que são os principais culpados por eu ensurdecer meus vizinhos hoje em dia com a minha cantoria. Estava eu, sentada na poltrona, pra assistir "O Fantasma da Ópera". Tentem não rir, mas juro pra vocês, eu ficava toda hora observando a boca dos atores pra ver se eles conseguiam acompanhar o playback. SIM, eu pensava que era palyback. E como o microfone é pequeno e do tom da pele eu pensava: "Só pode ser playback, eu escuto tão alto daqui, não é ao vivo, cadê o microfone então?" Eu era uma pessoa total desinformada do que era um musical. Mas eu ficava pensando, como pode alguém andar pelo palco, correr e cantar ao mesmo tempo? Eu achava aquilo a coisa mais absurda do mundo. E por incrível que pareça, eu ficava tensa por eles lá no palco, correndo o risco de desafinarem uma nota por ter que estar em movimento quase sempre. Lógico que eu não pensava em toda a técnica e conhecimento que aquelas pessoas tinham pra estar lá. Depois desse dia, comecei a pesquisar loucamente sobre teatro musical, ver filmes musicais e por ai vai.
Como eu ja gostava de teatro, por ter aquela minha experiência quando criança, e eu gostava de cantar também, o que me impedia de fazer teatro musical? Pensar naquilo me despertou uma vontade gigaaaante de estudar canto. Fui atrás. Minha primeira professora dava aula no conservatório aqui perto de casa. Os melhores dias do meu mês era quando eu tinha aula de canto. Era um lugar que eu me sentia a vontade, que eu me sentia confortável. Por mais gostoso que era aquilo tudo, ainda assim me faltava algo. As aulas não eram direcionadas pra musicais, até mesmo porque a professora não tinha essa formação. Era uma coisa misturada. Eu trazia algumas musicas, ela outras, mas nada muito focado em algo. E o que eu realmente gostava não tava sendo trabalhado. Foi ai que eu parei pra pensar. "Preciso de um foco". Sai do conservatório, isso no meio de 2008 e continuei meus estudos só no colegial. Até que um dia, eu pesquisando sobre musicais novamente, encontro um nome super conhecido do ramo. Saulo Vasconcelos. Entrei no site dele, por pura curiosidade e vejo um link: Aulas de canto. E o melhor, perto da minha casa! Só faltava estar escrito, "Samira, me liga viu?!" Pô, claro que aquilo era um sinal, claro que era isso que eu procurava, claro que eu tinha que fazer aula com ele. Até que chegaram as minhas primeiras aulas e eu fui aprendendo a cantar correto e colocar a voz no lugar que deveria estar, porque até então, eu não cantava corretamente. Até que um dia, estou conversando com um amigo que fazia cursos de musicais, que eu não sabia que existia, e ele me diz sobre um teste pra fazer: "O Rei Leão". Agora pensa numa pessoa que nunca tinha feito um teste pra musical na vida. ESPERA! Vou deixar esse assunto pro meu próximo post.

Agora eu fico lembrando, do dia que eu tava sentada naquela cadeira do Teatro Abril, assistindo o Fantasma da Ópera, o primeiro musical que assisti na vida, e hoje faço aula de canto com o protagonista e fico pensando, realmente a vida é uma caixinha de surpresas. No momento me dedico no canto, tento aprender o máximo que posso. Cantar sempre fez parte da minha vida, fato. E acho que se esse dom foi dado a mim, quero usar da melhor maneira possível, sempre! Em teatro musical também se tem a dança, que eu ainda ralo muito pra tentar sair algo, mas é um esforço a mais que eu vou ter que fazer pra conseguir ser aquilo que eu quero. E se eu quero, eu vou atrás. Fazer teatro musical, e estudar pra isso, me fez pensar mais em seguir meu sonho, ir em busca daquilo que eu gosto. Uma das provas disso foi quando eu fiz meu primeiro musical "O Rei Leão". Ali eu estava me atirando a milhaaaares de problemas e dificuldades que eu teria que enfrentar durante o curso e ver o resultado final é um orgulho pra mim. Pensar nisso e saber que eu fui capaz. Não existe sensação melhor que essa. De realização. Por fim, deixo aqui meu eterno agradecimento a todos que sempre me incentivaram e deram a maior força desde quando eu era criança até os dias de hoje. MUITO OBRIGADA!

Meu primeiro coaching

Hoje pela manhã acordei hiper disposta, apesar de não ter conseguido durmir cedo, como sempre. Sai de casa e fui até a Augusta comprar uns sapatos de dança. Aliás, to amando isso. Eu tenho um grande interesse em aprender a dançar, já que no canto eu to meio caminho andado. E pra eu ter mais chance de passar em algum teste, preciso ter pelo menos noção de dança, que é o que eu estou tendo aos poucos, conhecendo mais meu corpo, meu espaço, como diz a professora do curso que estou fazendo. Depois de andar pela Augusta intera, já exausta na metade do dia, fui pra OperÁria. Hoje, na parte do canto, nós fizemos o que chamam de coaching. É como se fosse uma aula particular de canto, só que mais dinâmico, em menos tempo, onde é estudada uma música. A pessoa fica de frente pra todo mundo e canta sua música, com o acompanhamento do Playback ou de um piano e vai parando por partes para achar os erros. Eu estava super tranquila, achando que eu não teria que cantar nada hoje, só observar. Engano meu. Primeiro chamaram uma menina, depois um menino e... PAUSA! Fiquei tensa. Não sei porque algo me dizia que eu seria a próxima. Depois do menino ter cantando eu só pensava "Não me chama, não me chama".
- Bom, "If I Were a Boy" pode ser agora?"- Disse o professor -Essa hora eu tava de cabeça baixa, como se eu quisesse fingir que não estava ali. Nesse momento levantei a minha cabeça, dei um sorriso, respirei fundo e fui. No final das contas. se eu não fosse hoje, eu iria amanhã, e isso não mudaria o fato de eu ter que me expor na frente de todos, cantando bem ou não. O professor soltou a música e eu me tremi inteira. Comecei a cantar. Olhava em volta e todos olhavam pra mim. Apesar do nervosismo, não cantei muito diferente do que tinha ensaiado em casa. Aos poucos, quando eu ia recebendo uns toques dos professores fui ficando bem mais calma, como se fosse mesmo uma aula particular. E eu também consegui cantar umas partes muito melhores do que da primeira vez, o que me deixou mais relaxada. Por fim, aquilo que parecia ser um pesadelo pra mim, tornou-se calmo, sem nervosismo e me senti bem a vontade. Afinal, todos vão passar pela mesma situação. Pro ser humano em geral, se expor, é uma coisa muito difícil. Você fica sujeito a crítica dos outros. E isso é uma coisa que me deixa em pânico. Eu sou uma pessoa que me importo demais com a opinião dos outros. Se eu vou sair de casa por exemplo, e a minha irmã me olha com aquela cara de "Nossa, essa roupa ta horrivel", pode ter certeza que eu vou me trocar na hora. É um grande defeito meu, afinal, o que é bonito pros outros, pode não ser bonito pra mim ou ao contrário. Mas isso é coisa da vida, que só vivendo que a gente aprende a lidar. Mas a grande lição do dia foi: Respire fundo que o resto seu corpo fará por você!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A primeira postagem

Como começar um post?
Acho que vai demorar pra eu me acostumar a escrever sobre meu dia-a-dia e coisas da minha vida aqui... Não sou muito boa em escrever textos. No colégio minhas redações raramente passavam da nota 7,0, mas prometo que tentarei escrever o melhor que eu posso. Espero que não sejam chatos meus posts, porque eu leio os textos dos outros e acho tão divertido que vou lendo, e lendo sem parar e fico imaginando se, se eu tentasse poderia ser tão legal assim os meus, então resolvi tentar a sorte.
Bom, como esse é meu primeiro texto, acho que vou começar contando como foi meu dia. Aliás, QUE DIA! Logo que acordei, tomei um susto. Olho no relógio, 10:45 da manhã. Tinha marcado com uma menina de estar no metrô da consolação as 10:30, odeio quando essas coisas acontecem. Acabei mandando uma mensagem pra ela dizendo que acordei atrasada e que não poderia estar lá. Com a mente mais organizada, liguei o computador e afundei meus olhos nos videos do youtube como eu sempre faço todas as manhãs (Agora que estou de férias, claro). Depois me arrumei pra ir pra OperÁria, uma escola de artes onde eu estou fazendo um curso de música pop. Mas a parte legal do meu dia foi a volta pra minha casa. O curso acaba as 18 hras, e a escola fica na Mooca. Pra ir até o metrô, eu vou de trem até a estação de metrô e de lá pego o metrô pra finalmente, chegar em casa. Um caminho super fácil e tranquilo certo? Errado. Pelo menos hoje foi errado. Tudo errado. Entrei no vagão com a galera do curso, conversando, como num dia normal. Enquanto conversávamos, com aquele trem lotado, eu ouço uns caras falando meio alto, com um tom agressivo, como uma briga. Mas eu tava muito desligada pra prestar a atenção neles, então logo apaguei isso da minha mente, achei que era coisa da minha cabeça. O trem para e as portas se abrem. O que parecia um dia tranquilo e uma saida civilizada do trem, se tornaram um transtorno. Nesse tempinho do trem parar e as portas se abrirem, começa o empurra-empurra. Um cara gritando mais alto que o outro e de repente me vejo fora do vagão, e uma briga rolando lá dentro. Foi tudo tão rápido que eu só pensava em estar fora daquela situação. Como a briga era em frente as portas, meu medo era ficar la dentro e as portas se fecharem e o trem andar. Ai eu poderia sair machucada, com certeza. Enquanto eu olho pra aquela situação toda, tento encontrar uma das meninas do curso, que volta de metrô comigo. No meio daquela confusão, eu sai do trem e ela ficou. Fiquei preocupada, esperando que aquilo acabasse. E ainda nesse momento que eu observo a briga, e ao mesmo tempo preocupada com a menina do meu curso, vejo no meio de uns 4 homens, uma mulher, batendo em um deles. O que mais me chocou é que o cara tava apanhado, e feio! No momento eu ria por dentro daquela situação toda. Bom, por fim, o guarda chegou, separou a briga, e eu achei a menina e fomos embora, correndo. Cheguei em casa, aliviada por estar viva. Vocês podem até achar que é frescura minha ou um exagero pensar em morte, por ser uma briga de nada. Mas depois você para pra pensar que no meio daquela situação, além de você levar um soco, ou um chute, não se sabe se poderia ter alguém armado com uma faca ou até mesmo uma arma. A gente não sai de casa esperando que isso aconteça, obvio. Só depois que você para pra pensar na situação toda. Divertido pra um primeiro texto meu não? Me desculpem se encontrarem erros de português ou uma ideia não bater com a outra, como eu já disse, eu não sou boa quando se trata de escrever...